Não fosse a presença da elefanta Tai, intérprete de Rosie, pouca gente saberia que no Fairmont Miramar Hotel, em Santa Monica, aconteciam as entrevistas do filme Água para Elefantes, de Francis Lawrence, que estreia nos cinemas brasileiros na sexta (29).
É espantoso não haver paparazzi à vista, já que os outros protagonistas do drama romântico são Reese Witherspoon, 35, casada com o agente Jim Toth, 40, e Robert Pattinson, 24, que provoca comoção onde vai. Na trama, ela é a estrela de um circo dos anos 1930, controlada com mão de ferro pelo marido, August (Christoph Waltz), e se envolve com o sensível veterinário Jacob (Pattinson). Antes da entrevista,um pedido: nada de perguntas pessoais. O que não impediu alguns momentos divertidos, como Contigo! presenciou.
Todos querem você. Como faz para proteger sua criatividade?
Robert Pattinson – Tento trabalhar com pessoas incríveis, como essas aqui. Você fica protegido pela qualidade do trabalho que faz. Tenho tido oportunidades de atuar com pessoas muito mais experientes que eu. É preciso agarrar isso e não tentar arcar com toda a responsabilidade. Não deixar seu ego tomar a frente.
Você cresceu cercada com animais. Como foi a experiência no set?
Reese Witherspoon – Essa foi a cartada do Francis. Ele dizia: ”Venha conhecer o santuário dos elefantes”. Tenho experiência de andar a cavalo, porque cresci no Tennessee. Mas nada que pudesse me preparar para este filme, em que ando no elefante sem sela, num collant (risos). E certamente andar num elefante não se compara a nenhuma experiência que eu possa descrever. É como andar num cavalo grande.
A vida do ator é parecida com a do circo?
Reese – Não importa o quanto você treine, você nunca vai ter noção do impacto físico, da ética do trabalho e de montar e desmontar todo esse espaço a cada dois dias, de nunca ver a família e não ter uma casa. Acho que a única semelhança é o espírito de camaradagem que existe no set de filmagem em que você fica três meses, seis meses, dois anos como Robert, não sei quanto tempo essa série do Robert está tomando (risos)!
A experiência de Crepúsculo é como a vida no circo?
Robert - Não, porque eu sempre filmo em Vancouver. Toda vez é a mesma coisa.
Teve uma relação especial com a elefanta? Seus filhos vieram visitá-la?
Reese – Sim, eles vieram me visitar. Trabalhei com Tai de forma muito próxima e intensa. Foi uma experiência emocionante. Uma das minhas coisas favoritas, que mostra sua inteligência e capacidade de comunicação, é que fizemos uma filmagem à noite e, no dia seguinte, ela estava cansada. E me explicaram que ela tinha ficado acordada a noite toda, contando para os outros elefantes o que tinha feito (risos). Ela foi para casa e todos os outros seis elefantes com quem vive a estavam esperando. E eles ficam rugindo uns para os outros.
Conhecia o Robert antes?
Reese – Robert e eu trabalhamos juntos em um filme (Feira das Vaidades, de 2004) em que eu interpretei sua mãe. Eu tinha 27 e ele 17. Eles cortaram a cena. Ninguém acreditava que eu era mãe dele.
Robert – E meu personagem, dez anos antes, era um ruivo com sardas.
Reese – Nós nos conhecemos na época, mas não muito bem. Pelo menos não éramos estranhos. Eu não me lembrava dessa história, até alguém me contar. E eu: ”Do que você está falando? Daquele cara do Crepúsculo?” Na verdade, eu vi o primeiro Crepúsculo, achei legal. Li o livro também.
É difícil trabalhar com dois ganhadores do Oscar?
Robert – Sim, eles sempre ficam se gabando disso (risos). Eles são generosos e amáveis com um amador como eu.
Como foi beijar Robert? Seu marido tem ciúme?
Robert - Seu marido confia em você, após uma semana de casado?
Reese - Uma amiga estava me provocando: ”Você diz qualquer coisa e vão dizer: ‘Reese esnoba o maridão”’. Rob tinha o pior resfriado que qualquer um dos astros com quem tive de fazer cenas românticas. Estou falando de algo verde, infeccioso, nojento (risos)… Depois de cada beijo, ele fungava. Foi pouco atraente! Vou dizer que foi meio broxante.
Robert – Ela ficava usando álcool gel o tempo todo.
Reese – Sim! Precisava! Não foi sexy.
Para suspirar
Água para Elefantes leva o espectador para o mundo glamouroso dos circos da década de 1930. A história é lindamente antiquada: um rapaz apaixona-se por uma mulher proibida, Marlena (Reese Witherspoon, um tanto apagada). Estrela do circo e mulher do patrão, August (Christoph Waltz), ela corresponde ao amor do jovem. De quebra, há um animal fofo, a elefanta Rosie. E, há ainda Robert Pattinson, que tem beleza e charme de sobra para conquistar um pouco mais as fãs como um galã perfeito.
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